Por falta do que postar Hoje vou postar um pedacinho do primeiro capítulo do meu novo e-book, "Como Cada Dia". Quer ler mais e-books legais? Baixe "900 poemas de amor", de minha autoria, ou nox-2 de Vitor Martins, do blog O Fantástico fusca verde. Bom, chega de enrolação ^^


"
d-.-b: Walk In The Sun - Mcfly

A gente ria, sentados à sombra de uma árvore frondosa que ficava no alto de um morro, de onde dava pra ver todas as casas do bairro. Ele estava sentado ao pé da árvore, e eu no balanço que alguém havia feito nela com um pneu e uma corda velha.

Não me importava o silêncio. Aliás, o silêncio perto dele era totalmente aceitável, totalmente adorável. Eu só não entendia o porquê. Mas também, pasmem, eu tinha apenas nove anos na época. Eu só lembro disso tudo porque faz parte e é a melhor parte do meu passado.

Eu tinha brigado com a minha mãe aquele dia. Nem me lembro exatamente o porquê. Me senti muito triste, chorei bastante. E ele estava do meu lado, me abraçando, dizendo que tudo iria passar, que era pra eu pensar positivo... Ele realmente sabia me motivar. E o seu abraço... Ah, aquele abraço. Era quentinho, reconfortante. O melhor abraço de todos.

Eu não sabia nomear aquela sensação de quando eu estava com ele, mas eu sabia que eu precisava falar, precisava contar para ele.

Enquanto isso na distância, o sol se punha.

Saí do balanço e fui me sentar ao lado dele.

Ele olhava pro horizonte, como se estivesse hipnotizado. Achava que não tinha nem notado que eu havia sentado ao lado dele. Até ele segurar minha mão.

─ Diego...

─ Sim.

─ Eu acho que...

─ Que o pôr-do-sol é lindo?

Suspirei. Perdi a coragem.

─ É, é isso.

E o sol foi embora. Ficou um pouco frio. Deitei na grama para observar as estrelas. Ele deitou do meu lado.

─ Por que será que as estrelas existem?

─ Sabe que eu não sei, Diego?

─ Nem eu. Mas eu queria saber.

Se seguiu um curto silêncio, até Diego chamar meu nome. Olhei para ele. Nos encaramos. Nossos olhares se encontraram, e ficamos lá, nos olhando, por um bom tempo.

─ Sabe, Lívia... Eu gosto de você.

─ Também gosto de você, Diego.

─ Mas eu não gosto de gostar, sabe? Eu gosto mais... Não sei como explicar. É tipo coisa de novela, sabe? Beijar na boca, como eles fazem, pra mostrar que gostam da pessoa...

─ Esse lance de beijar na boca é estranho. Mas eu entendo como é isso.

─ Ah, eu sou um idiota.

─ Não, não. Eu...

─ Você o que?

─ Eu sinto a mesma coisa. Eu também quero, e é estranho, eu não sei. Eu que...

Não consegui terminar a frase. Num impulso, Diego encostou seus lábios nos meus. Eu fiquei nervosa.

─ Ah, eu acho que... Minha mãe tá me procurando. Tá tarde. É, eu tenho que ir. Até amanhã, Diego.

Nem dei tempo de ele responder. Saí correndo, sem pensar, para a minha casa. Meu deus, havia dado meu primeiro beijo. Meu deus, havia descoberto o amor."



PRECISO DE OPINIÕES!

A história não para por aí, muita água rola por debaixo da ponte e anos e anos se passam -q


Tá legal? ._.'

;*



5 pensamentos profundos, hm.

  1. Vitor Martins on 24 de julho de 2009 às 15:41

    Adoro histórias com viagens no tempo! :D
    E Lívia é o nome da minha irmã '-'

    CCD vai BOM-BAR, mano (h)

     
  2. Pedro Ricelly on 24 de julho de 2009 às 17:32

    Tbm me amarro em histórias que os personagens contam suas lembranças, muitas das vezes porque elas se parecem com as de todo mundo, sei lá. É legal (:

     
  3. Isabella M. on 24 de julho de 2009 às 18:38

    tá otimo! haha,isso é bem legal de ler :D

     
  4. ' Lau ;) on 24 de julho de 2009 às 20:31

    AAAAAAAAAAAAAAAAAH!
    Divo *o*
    Amei <3

     
  5. Daniel Barboza. on 4 de setembro de 2009 às 07:56

    Caara, Tá Belíssimo!
    Amay. Adoro livros nesse estilo, com personagens e suas lembranças. *¬*

     


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